Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 1 de 1
Filter
Add filters








Year range
1.
Rio de Janeiro; s.n; 2020. xx, 12 p. ilus.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1128790

ABSTRACT

Ao longo dos anos vem se observando um declínio do número de casos de infecção pelo vírus da hepatite A (HAV) em crianças, relacionado ao investimento nos programas de vacinação e a melhorias sanitárias. Porém, nota se a mudança desse perfil de infecção, onde indivíduos jovens/adultos vêm sendo mais acometidos. Apesar do vírus ser transmitido principalmente pelo consumo de água e alimentos contaminados, diversos surtos têm ocorrido ao redor do mundo em adultos e sendo relacionados a práticas sexuais. Em nosso país, um aumento no número de casos nos últimos três anos foi observado após um período de declínio de notificações. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar os comportamentos de risco e os aspectos moleculares associados à transmissão do HAV em indivíduos atendidos no Ambulatório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ, Rio de Janeiro, entre os anos de 2017 e 2019. Para tal, foram coletadas amostras de soro e informações socioepidemiológicas de 52 pacientes com anti-HAV IgM reagente, que chegaram ao ambulatório. Posteriormente, essas amostras tiveram o genoma viral extraído e analisado através da técnica de RTPCR. Após detecção, o RNA foi sequenciado e analisado filogeneticamente. Em seguida, foram realizadas análises filogeográficas para obter a rota de dispersão e período de introdução das estirpes virais no país. (AU)


Com a análise dos dados dos prontuários, observou-se que 78,9% (41/52) pacientes eram do sexo masculino, nas faixas etárias 20 a 29 anos (n=24/52) e de 30 a 39 anos (n=20/52) com media 32,1 anos, sendo 63,5% (n=33) dele(a)s homens/mulheres que fazem sexo com homens/mulheres (HSH/MSM), e 89,9% eram residentes na região norte da cidade do Rio de Janeiro. Observou-se uma baixa frequência de exposição a fatores hídricos, alimentares e parenterais na população estudada, sendo 42,3%, 42,3%, 34,7%, respectivamente. Já algumas práticas sexuais apresentaram elevada frequência, destacando o sexo oral (75%) e sexo anal (65,3%). Através das análises filogenéticas, foi identificado um único subgenótipo IA da população estudada. Quatro clados deste subgenótipo foram formados, dos quais, três agruparamse as sequências dos estirpes virais provenientes de surtos Europeus/Asiáticos, e um clado, formado por estirpes virais previamente circulantes no Brasil. Através da filogeografia, foi possível inferir o ano e país de introdução, além da data de origem das estirpes virais no Brasil. A estirpe VRD_521_2016 foi possivelmente introduzida entre 2016-2017 pela Espanha com provável origem em 2013, a RIVM-HAV16-090 europeia/asiática e V16-25801, possivelmente introduzida pela Alemanha, entre 20142015 e 2015-2016 respectivamente, com provável origem em 2000 e 2011. Nossos achados reforçam a necessidade de ampliação do acesso à vacina contra o HAV a grupos adultos de risco e do monitoramento da entrada de novos patógenos no Brasil. Além disso, medidas educativas são úteis para impedir a disseminação do HAV em populações-chave como os HSH. (AU)


Subject(s)
Humans , Molecular Epidemiology , Phylogeography , Hepatitis A
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL